27.2.07

Aquí onde tudo silencia




A alma é o pássaro de asa quebrada nua de penas.
Seu canto ecoa sem destino, reverbera nas rochas
a resposta presumida na pergunta que não questiona.
Não voltará para casa. Seu ninho, o vento espatifou
Dos mil gravetos catados preciosamente
Resta esse, agudo, no qual espera ver brotar algo verde.
Permanece sépia, pois é de memória que se constitui.