de ferir a terra e penetrar-lhe os segredos
Quem passa verá meus pés sair-lhe à flor.
Assim plantado muitos me dirao inverso.
Minha gana de louvor à terra lhes despreza o julgamento.
Meu ar sao seus veios de ouro
minha luz seus mistérios de magma.
No reverso do que sonho
piso o firmamento
e ergo a terra sobre mim mesmo.
Nascí lá naqueles tempos velho
de tao velhos quase inexistentes
O tempo fóssil do primeiro tempo
ao olhar incrédulo do presente
Alí perdido para sempre
fogo oculto sob o borralho da infancia
fogo mítico iluminando parcamente
o que ainda me constitui.
A luz passa sob a porta
e com ela o imaginário do que do outro lado ilumina.
Lá onde tudo é presenca
tudo o que doura, solariza
inconsciente do que projeta.
O que é iluminado nao existe
o real e sua sombra existem somente imaginados.
Um teclado com problemas nos permite imaginar as cedilhas, circunflexos e tis ( o plural de til, quem poderia imaginar? ) nos lugares que lhes sao devidos e em outros lugares insuspeitados. As cores no texto sao só cores no texto, mas podem nao ser.
2 comentários:
Letras e cores formam sempre umconjunto que pode ou não ser agradável. Aqui, ficou perfeito. E a falta de sinais gráficos podem estar a favor de um bom escritor! rs...
Beijocas
As cores dão vida sempre. Mas eu prefiro as sombras. Belas palvras, Abraço
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