Começa
na sexta-feira (12) a oficina “Teatro de Papel: Experiências Cênicas”,
primeira atividade do “Festim – Festival de Teatro em Miniatura de Belo
Horizonte”, promovido pelo grupo Girino Teatro de Animação. Cumpre dizer
que não é apenas mais um festival, como tantos outros: embora a arte
que destaque tenha dimensões (bastante) reduzidas, suas repercussões são
inestimáveis.
Pena, o prazo de inscrições para a oficina encerrou dia 8. Os 20
primeiros a sinalizarem interesse travarão contato com o teatro de
papel. Durante cinco horas consecutivas, sem custos. “É uma técnica
clássica e interessante, que produz bonecos chapados, bidimensionais”,
informa Tiago Almeida, do Girino.
Nove atrações
Mais atrações acontecem domingo agora, dia 14: entre 14 e 18h, no
Esquyna Espaço Coletivo Teatral, na Sagrada Família, nove atrações (de
BH, Porto Alegre, Curitiba, São Paulo e Ouro Preto) cumprem dez sessões
pela “Mostra de Teatro Lambe Lambe e Experiências Cênicas em Miniatura”.
Ingressos a R$ 10 e R$ 5 (meia).
Escaladas pela última edição do FIT/BH, lambe-lambe e miniaturas seriam
possibilidades especialmente ricas. No mínimo, promovem o encontro
praticamente tête-à-tête entre artistas e público. “Uma relação mais
próxima e mais cúmplice, olho no olho”, diz Tiago.
Outra mostra dos mesmos dois gêneros vai ocorrer graças ao Festim, no
próximo dia 17, das 14 às 17h, no Centro Cultural da UFMG, no Centro.
Oferece 11 sessões curtas e não cobra ingressos.
Teatro de papel
Experimentada desde o período do Renascimento (na Europa, entre o final
do século XIII e meados do XVII), o teatro de papel começou imitando
basicamente os personagens das óperas e os espetáculos mais conhecidos.
Era exibido em ambiente doméstico, como diversão para membros da
famílias e amigos.
No Brasil, a técnica viria sendo mais explorada pelo grupo O Casulo, da
professora e pesquisadora da USP, Ana Maria Amaral, desde os anos 80.
Mais recentemente, seria explorada também pela Cia Fios de Sombra, de
Campinas (SP).
Formado em 2006, por Tiago Almeida e Iasmim Marques, ex-alunos da Belas
Artes (UFMG), o grupo Girino também viria experimentando o teatro de
papel. Outras formas animadas também. Assim, produziu três montagens,
nenhuma contou com benefícios de recursos públicos: “Só com apoios,
recursos próprios e o retorno de bilheteria”, afirma Tiago.
Debate e revista
O Festim também inicia sem ajuda pública. Além da oficina e das duas
mostras, programa ainda um café-debate, com pesquisadores de formas
animadas de vários estados. Acontece no Centro Cultural da UFMG, às 19
horas do próxima quarta, com entrada franca.
Na ocasião, será lançado o número “zero” da revista Anima. Traz
entrevistas, artigos, textos sobre a técnica de miniaturas e fotos que
traçam relações entre linguagens diferentes. Exemplo do teatro de papel e
a obra de Nazareno, artista de São Paulo.
Grupo Girino Teatro de Animação
www.grupogirino.com.br
Blog de Pesquisa em Teatro de Animação
http://formasanimadas.wordpress.com/
2 comentários:
Me encanta essas caixinhas mágicas
Parabéns pelo blog, matérias muito interessantes e bem escritas.
O conheci agora. Estava pesquisando histórias de terror na cidade de Belém do Pará e vi seu comentário num blog, e de lá pude visualizar seus outros blogs.
Continue valorizando a arte e lutando para divulgá-la em nosso país. Estamos precisando muito disso. Como já trabalhei com teatro por muitos anos, sei o quanto esse ramo ainda precisa de investimentos no Brasil.
Abraços, vou acompanhar as próximas postagens hein ;)
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