13.2.11

Magda Modesto

“São bonecos, apenas. ‘Boneco’ implica o pensamento de uma forma antropomórfica [semelhante ao homem]. Já o títere é um personagem. E por isso pode ser qualquer coisa: até este tapete”, explica, serenamente, apontando para o chão.
É do mesmo jeito sereno, aliás, que ela concilia o encadeamento didático com o humor rápido, ferino. Muito semelhante ao dos personagens que habitam seus baús. “Os títeres têm duas facetas: a da fantasia e a da análise social. São capazes de denunciar uma série de coisas, provocar a reflexão. Falam pouco, mas têm a fala contundente. Tocam na ferida”, define, para em seguida esclarecer: “Eu não trabalho com títeres. Eu me encanto com eles.”





Com todo o respeito que esta celebrada personalidade do teatro de animação merece e aos outros colecionadores e teóricos, ainda prefiro trabalhar com bonecos e deixar o encantamento para a platéia.