
O Pinóquio de Colodi não se refere ao teatro de bonecos como arte em si mais que ao processo de individuação. Pinóquio como personagem, mesmo antes de sua metamorfose final, não está destituído de humanidade, incompleta que seja. O boneco como objeto para o teatro de bonecos (e já em suas manifestações mais primitivas) é necessariamente um simulacro. Precisa de energia vital humana, pela manipulação, criando a ilusão de vida.

Pinóquio nasce carregado de humanidade. O desejo de seu criador não é fazer mais um boneco para a companhia de teatro de bonecos que o explora, mas criar um filho, um companheiro para sua vida solitária. A ação sobrenatural da Fada Azul evoca, além de uma sutil explicação para a pergunta 'de onde vêm os bebês?', o próprio dom da vida.
A presença do tema do Teatro de bonecos em Pinóquio é metafórica.

O Grupo Giramundo montou Pinoquio. Foi a primeira vez sem a participação de Álvaro Apocalipse . No site do grupo lê-se:
"(...) a montagem propõe, em analogia com a marionete, a reflexão sobre a formação social do ser

O homem se encontra atraves de suas representações
A reflexão sobre a questão da identidade do homem como sujeito social, encontra-se turvada. A experiência da ilusão de vida dos bonecos promove um tipo de apreensão da identidade em processo de perda, do homem.
"A madeira na qual se esculpiu Pinóquio é a própria humanidade."
( Benedetto Croce)
filme de Benigni
de 2002 onde
ele mesmo interpreta
o personagem.
Livro de
(Serão acrescentados novos textos, imagens e sugestões de leitura a esta postagem)