vicejar do dia de me esperar tranquilo
caminhar no meu passo
ao lado o tempo
percebendo a troca das horas.
Não, ainda não
nem sequer distinto
longe
nem sequer descrito
só desejado
e olha que não por pouco se que tanto lhe aproximasse a vinda
tanto quanto não vê-lo e ainda
inda que baste
(mas não basta).
Não há trégua em nada que deus me queira destinado
(e tudo se lho cumpro a risca)
na vida parca, nada tem glória
nem o prazer em sobressaltos
feito fera no bebedouro entre outras feras
como as minhas próprias, perenes
com sensoras garras rasgando frestas nas paredes
do íntimo aonde moro cada pouco do meu gôzo.
Mas é feliz o depois
onde, furtado no retroz da mente
saudoso do andar tranquilo de todo momento
de lado com o tempo
na troca das horas...
mas são horas já mortas.
A roca das Parcas (1995)