22.6.06

Escritos obscuros

Depois de um marulhar de asas negras
Nada mais havia de seu grito no limiar da noite
Na terra vermelha que amava
o sulco de seus calcanhares.
Eles a levaram.



para ler marque com o mause

15.6.06

Tres brevidades sobre a imaginacao do ar

Eis minhas unhas gastas
de ferir a terra e penetrar-lhe os segredos
Quem passa verá meus pés sair-lhe à flor.
Assim plantado muitos me dirao inverso.
Minha gana de louvor à terra lhes despreza o julgamento.
Meu ar sao seus veios de ouro
minha luz seus mistérios de magma.
No reverso do que sonho
piso o firmamento
e ergo a terra sobre mim mesmo.




Nascí lá naqueles tempos velho
de tao velhos quase inexistentes
O tempo fóssil do primeiro tempo
ao olhar incrédulo do presente
Alí perdido para sempre
fogo oculto sob o borralho da infancia
fogo mítico iluminando parcamente
o que ainda me constitui.

A luz passa sob a porta
e com ela o imaginário do que do outro lado ilumina.
Lá onde tudo é presenca
tudo o que doura, solariza
inconsciente do que projeta.
O que é iluminado nao existe
o real e sua sombra existem somente imaginados.


Um teclado com problemas nos permite imaginar as cedilhas, circunflexos e tis ( o plural de til, quem poderia imaginar? ) nos lugares que lhes sao devidos e em outros lugares insuspeitados. As cores no texto sao só cores no texto, mas podem nao ser.

13.6.06

Repetindo Pandora


Pena a pouca atençäo que posso direcionar ao blog...mas é tempo de teatro! Apresentaremo-nos com os espetáculos antigos na capital e em outras cidades da Bahía.
Em breve publico postagem sobre o novo espetáculo de título Àmor e Loucura`, baseado no livro homonimo de Louise Labé e em outras curiosamente muitas, referencias a estes dois termos täo complementares. Estréia em novembro.