21.8.05

HH

Poesia Circular
TEORIA E LAVRA DO SONETO - TEORIA

Campo de prova, rubra aciaria
o soneto é metal em usufruto.
Aro do só, dormida simetria,
rosoblonga matriz, corpo soluto,
não há como fugir à dessangria
de gomos por ligar. País enxuto,
aparente melão, sapota fria,
sabe o soneto a rolha de bismuto.
Reprensado em lagar, no decilitro
comporta-se o soneto como arguto
plantel de alternativa: mudo espia
dirá do seu sabor o travo citro,
do seu casto labor, vã iguaria;
do seu peso infiel, inócuo fruto.

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