8.12.09

Simplesmente Vincent price e Tim burton

"A lógica que organiza essas formas de representação do sujeito na puberdade está marcada pela referência ao significante fálico. Trata-se, em síntese, de versões narrativas apoiadas na metáfora fálica alcançada pela passagem pelo complexo de Édipo. Em sua representação alienada _ o romance familiar _, o sujeito situa-se fora de uma cena em que se alternam as atribuições sígnicas de menos e mais, relativas ao falo. A família da realidade é menos com relação à família imaginária ou ideal. O enigma que a sexualidade fálica propõe ao sujeito representa-se, no discurso do Outro, como possibilidade de deslizamento _ do menos ao mais, e vice-versa. Nesta duplicação imaginária, opera-se o velamento do significante que indica o lugar do sujeito da enunciação (S1). A posição do sujeito na filiação e na sexuação fica submetida, aqui, aos efeitos imaginários de significação de uma herança nobre ou denegrida. "

Maria Cristina Poli*

*Psicanalista, membro da Associação Psicanalítica de Porto Alegre (APPOA), professora da Faculdade de Psicologia da PUC-RS, doutoranda na Universidade de Paris XIII, autora do livro O espírito como herança: As origens do sujeito contemporâneo na obra de Hegel.

Um comentário:

Felipe Benevides disse...

Ótimo Post. Desde o início Tim Burton sinaliza sua genialidade.