15.10.06

Última mensagem antes de atravessar o beco vertical

Da altura que me vejo só é presente a distância
há histórias no itinerário até o chão
vilezas solitárias se interpõem
totens bizarros
claro-escuro às avessas em que a luz
se esparrama ao fundo
o cimo lúgubre me abriga
a vida passa distante,
sóbria e inútil

7 comentários:

Anônimo disse...

Há um lume ínclito/ por detrás da alma/ que chora cacos de pedra/ pedaços dos sonhos azuis

Anônimo disse...

A doce e misteriosa contemplação da vida de um ponto onde não se machuca ou se envolve. Mas há que se atravessar o beco vertical... /// Este blog é tudo que me dá prazer no mundo virtual. Obrigado pela visita. Um abraço.

Anônimo disse...

Sóbria nem tanto... sempre inútil me parece a vida... bjs

Anônimo disse...

Às vezes eu gostaria de ver a vida passando distante, viu? A minha nunca é sóbria, nunca é inútil. E me invade sem perdão! rs...
Estive relendo o post anterior. Hoje estou me sentindo este anzol, entre o peixe e a isca. Mas melhor do que me sentir "entre" é ler e reler o que vc escreve. Sempre encontro muitas interpretações. E sempre me faz bem - inclusive literariamente.
Obrigada pela força e presença, viu?
Beijocas

Adonis disse...

A vida passa, quem deve ficar somos nós, presentes seja em versos, seja em prosa, seja em lembranças enfim, seja em algum coração por aí...
Abraços cara e vou ler mais seus pensamentos.

Passageira disse...

Fábio, então vc é lá do "inferno verde"? Embora eu não tenha dito lá no meu texto, fui agradavelmente surpreendida com aquela minha visita à Amazonia, viu? Não vi nenhum daqueles bichos e embora saiba que existem acho que no meu imaginário eles eram bem piores que são! rs...
Obrigada pelo comentário, viu? Foi bom demais!!!
Beijocas

Barbara disse...

Deixei de acompanhar os passos da vida... de tão sóbria e inútil, fiquei achando que parecia uma beata sem terço.